Joana Duah está de volta com EP incrível, repleto de canções autorais e releituras potentes. Aquele disco que você ouve e se dá conta de que a pandemia já mais que encheu o saco porque precisamos de um show de Joana com urgência
“Bicho Encantador” é essa tal de Joana Duah. Essa preciosidade musical brasileira, que acaba de lançar um EP que é dessas coisas que a gente bota pra tocar, abre o vinho e para. Olha o horizonte, respira, contempla, reflete e toma um gole. E ouve, e respira e reflete e outro gole. E uau, que momento, quando percebe que os 23 minutos e 4 segundos exigidos pelo disco pra completude de sua audição passaram entre suspiros, talagadas e parece que alguma coisa mudou por aqui…
É que é simples: piano, bateria ou percussão… e voz. E voz autoral, mas também voz que relê “Isto é Papel, João”, outrora cantada por Inezita. Relê “Pipoca Moderna”, do mestre Caetano. Relê “Potiguaras Guaranis”, já cantada por Krystal com magnitude… Mas são releituras com novas nuanças, cargas e tons… Não sei explicar. Deixa que a própria Joana explica. A começar por “Negra”, a canção que abre o EP. Compilei vídeos em que ela passeia pelo repertório, deguste:
O EP
É da Joana e é cheio de gente. Tem parceiros de Brasília como Milena Tibúrcio e Daniel Santiago, compositores contemporâneos como o bandolinista Luís Barcellos e os letristas Iara Ferreira, Ricardo Baya e Zé Fontes. O trio é formado pela própria e os paraibanos Salomão Soares (piano) e Guegué Medeiros (percuteria).
A ideia, bem sucedida, é saudar o Brasil profundo e interiorano e externar dores pessoais e coletivas: fala sobre a mulher, a negritude, a liberdade e a morte.
É lindo, enfim.
Ouça em todas as plataformas digitais: https://tratore.ffm.to/bichoencantador
arte sobre foto de Renata Samarco / Divulgação
Me siga nas redes sociais!
- Instagram: @morillo.carvalho
- Twitter: @morillocarvalho
- Face: @morillojornalista