De repente: o reggae voltou!

Lá pelos idos de 1994, a Belo Horizonte de Beto Guedes, Milton Nascimento e Lô Borges começava a perceber que o som do clube da esquina não seria o som da década. O ritmo viria de longe, da Jamaica, mais especificamente. Mesmo o mais pacato, ficou indignado. De Araketu e Ilê Ayê à Mancha Azul torcedora do Cruzeiro. Todo mundo, indignado.

Era o Skank chegando com “Indignação” e dando o tom jamaicano ao nosso amado B’rock. Era a salvação do rock nacional de cara nova – àquela altura, Ultraje a Rigor, Plebe Rude e Ira! começavam, aos poucos, a desacreditar no bom e velho rock’n roll, já que os grandes sucessos do momento eram “Eu só penso em você”, com Zezé de Camargo e Luciano, e “Essa tal liberdade”, com Só pra Contrariar. Respectivamente, 5º e 8º lugar entre as mais tocadas no ano.

A geração 90 do B’rock teve no Skank um dos mais poderosos vendedores de hits. Indignação terminou 94 em 86º lugar nas paradas, mas a banda, naquele que era o seu segundo ano de atividade, já emplacava três sucessos na lista, dos quais eu lembro, tu lembras, nós lembramos. E bem: Esmola ficou em 56º lugar e É proibido fumar, em 75º. -Continue lendo->