Quarto álbum da brasiliense reúne canções sobre o universo poético do fogo. EP será lançado nas plataformas digitais e apresentado em shows ao vivo no Sesc Garagem, no fim do mês
Só agora poderemos conhecer, de fato, os percursos poéticos que percorreram durante a pandemia aqueles que fazem música. O da Letícia Fialho foi em torno do fogo. E isso virou um EP com seis faixas, em que ela canta e toca TODOS os intrumentos (baixo, bateria, guitarra, piano, violão, cavaquinho e percussões, ow bicha bruta!). Mas que teve preciosas participações faladas: o amigo longínquo e cantor que também acaba de lançar disco (e em breve escreverei sobre) Paulo Ohana, a DJ Tâmara Maravilha e a jornalista Luiza Garonce, entre outras. O lançamento será no dia 26, nas plataformas digitais, e quem tem a sorte de viver em Brasília poderá conferi-la ao vivo, no Sesc Garagem.
Falei sobre Paulo Ohana? Siiim!
É muito bom voltar com show no teatro do Sesc, que é um lugar afetivo para mim. Foi onde lancei meu segundo álbum em 2018 (Maravilha Marginal). O público suspenso nas arquibancadas, em torno do palco, permite uma proximidade com segurança” Letícia Fialho
Por enquanto
Assista ao clipe de Maravilha Marginal, que não sai da minha playlist há teeempos:
Historinha
Eu já estive com a Letícia Fialho algumas vezes e, em todas, tive certa dificuldade de me concentrar. Ela parece ser capaz de olhar mais profundamente que as demais pessoas, de modo que se conecta contigo sem muitas palavras. Aliás, nessas vezes em que estivemos juntos – algumas no estúdio em que eu apresentava um programa de cultura, noutras com ela participando do Festival de Música Nacional FM – ela não foi muito de palavras faladas, e, bom, pra quê, quando há tanta palavra cantada saindo dela? Na música ela se comunica, ela vive, ela reina absoluta. E é assim na carreira solo, no Chinelo de Couro (banda da qual faz parte) e no Essa Boquinha Eu Já Beijei (Bloco de carnaval que ela integra).
A música é comunicação pelo afeto. Ela está nesse lugar de comentário sobre a vida e por isso consegue conectar as pessoas de diferentes lugares, seja em tempos difíceis, seja em tempos de celebração, como o que esperamos viver daqui pra frente.”
disse Letícia agora. Tá explicado, Lê!
Todo artista tem uma fase da carreira que não curte, conforme molda a própria identidade sonora. Na última conversa que tive com ela, essa fase era a do primeiro disco, um EP homônimo, de 2011. Não sei se se reconciliou com aqueles sons, se não, não sei nem se isso é uma questão pra ela. Sei que foi nessa fase que a ouvi pela primeira vez e fiquei CHO CA DO com sua leveza e seu domínio de palco.
Ela era esse bebê:
Essa última conversa já faz bem uns cinco anos, e ela me falou algo sobre como aquelas músicas não tinham nada a ver com o que ela propunha mais. Mas não tem problema, afinal, sua produção mais recente é, de fato, bem diferente, e não é exagero dizer que é mais potente e mais bela.
Lê e Ohana
Dois babys na UnBTV, apenas 11 anos atrás. Internet, eu te amo:
He he he
Serviço
Lançamento EP Carta de Fogo – Letícia Fialho
Shows no Sesc Garagem da 913 sul: 26 e 27 de novembro
Horário: 20h / Classificação Indicativa: Livre
Ingresso: R$ 40 inteira e R$ 20 meia
Compra – Dia 26: https://bit.ly/CartadeFogoDia26
Compra – Dia 27: https://bit.ly/CartadeFogoDia27
Ouça na playlist!
Praticamente todo dia esta página apresenta um artista novo, uma canção nova de um artista já com alguma estrada e tá o tempo inteiro no garimpo de preciosidades que não estão no mainstream, pelo menos por enquanto. Agora, você pode seguir a lista com essas canções no Spotify!
Foto: Thaís Mallon / Divulgação
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