Machos escrotos, ouçam “Soltinha” do Giancarllo e admitam: vocês perderam

Embora haja aí uns 20 e poucos por cento da população brasileira (o que é assustador) bem conservador, saibam os machistas que estão com os dias contados. Em “Soltinha”, Giancarllo mostra como aliados fazem pra colocar esses caras em seus devidos lugares

Sim, heterotops, machos escrotos, babacas: acabou pra vocês. Pode até ser que ainda consigam, aqui e ali, terem êxito em serem esses manés que vocês foram até hoje, mas não vai mais rolar. A cada dia que passar vocês ou entram em desconstrução, ou em autodestruição, porque sobreviver ao século 21 achando que está da década de 1950 do século 20 para trás, não há de rolar. E “Soltinha”, a nova música do Giancarllo, é uma mostra de que nem teus brother tão dando mais audiência pra essa quantidade gigantesca de bosta que você é capaz de falar.

A onda feminista atual não é uma onda, é um tsunami. E como tsunami, atravessa com toda a força as estruturas já construídas, arrasando-as na base, tornando possível apenas a reconstrução. Usam-se os materiais disponíveis, ou seja, nós mesmos, para levantarmos e entendermos que não haverá, neste tempo, mulher que se sujeite à submissão. Se você for a uma escola, hoje, verá que aqueles moleques grandões e babacas, agressivos, que brigam, são os mais mal vistos de hoje. Tempos melhores, bem melhores, estão à nossa frente.

Em “Soltinha”, há uma introdução no lyric vídeo do Giancarllo que explica o contexto: “noite de sexta, bate papo entre amigos e um dos caras com um amor mal correspondido, do nada, solta isso: ‘Essa mina é assim soltinha porque não tem um homem pra botar ela na linha'”. Em resposta, o artista paulistano fez a canção, cujo refrão é: “Soltinha, soltinha. Ah tá, que TU vai botar na linha…”. Porque não rola, mano. Não existe.

Vai procurar um grupo de homens pra discutir a fragilidade da sua masculinidade, fragilidade incapaz de aceitar quando a mulher não tá a fim de você (e bem provavelmente porque você não é isso tudo o que você acredita ser). Vai fazer terapia, vai ler Chimananda e Djamila, vai encher o saco da puta que te pariu, mas não fica com essa prosa ruim de “homem pra botar ela na linha” não porque nem ela te aguenta, nem teus brother mais.

Falemos do som

Porque além da letra massa, o Giancarllo faz um som bem na pegada do funk americano, do soul, da black music enfim. Bonzão!

:: Já falei sobre ele aqui, quando lançou Swing Negada, dá uma lida… ::

foto: reprodução / Instagram Giancarllo


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