15 filmes para conhecer Brasília da melhor forma

Na última edição da Revista GPS, escrevi uma matéria grandona sobre o olhar dos cineastas para com a capital do país. E, no box, foi uma seleção com onze destes filmes, mas tive de acrescentar mais quatro aqui porque sempre dá aquela sensação de “hmm, faltou aquele”… Conheça-os!

Antes de mais nada, 19 de junho é o Dia do Cinema Nacional. Daí o portal GPS Lifetime publicou a reportagem que, originalmente, produzi para a 19ª edição da revista impressa.

:: E eu gostaria muito que você desse uma lidinha, bem aqui! ::

E aqui está essa seleção de filmes que mostram Brasília a partir dos muitos ângulos de seus cineastas, além dos citados na reportagem. Todos estão disponíveis nas plataformas de streaming ou no Youtube:

MUSICAL

Uma ficção biográfica sobre Renato Russo e um documentário de mestre:

Somos Tão Jovens: drama de 2013, com 1 hora e 44 minutos, dirigido por Antonio Carlos da Fontoura. Classificação: 14 anos.

Rock Brasília – Era de Ouro: documentário de 2011, com 1 hora e 20 minutos, dirigido por Vladimir Carvalho. Classificação: 12 anos.

WOODSTOCK, OU “O SONHO NÃO ACABOU”

O tédio (com um T bem grande pra você) sempre marcou a juventude brasiliense, especialmente a endinheirada. E impulsionou o rock da cidade e centenas de tragédias cotidianas. Tamanha amplitude e sensação de liberdade inspiraram um filme em 2005 que parece distante de poder ser realizado no Brasil de 2021…

A Concepção: drama de 2006, de José Eduardo Belmonte e duração de 1h36. Classifications: 18 anos

BOCA DO LIXO

Não só no conteúdo, mas na forma, o bombeiro Afonso Brazza dirigiu uma série de filmes que remontam à estética do movimento dos anos 70 de São Paulo, que presumia a feitura de filmes de baixo orçamento (e de onde saiu, por exemplo, o Zé do Caixão). Além da filmografia completa dele, a dica:

Afonso é uma Brazza: documentário de 24 minutos de 2015, dirigido por Naji Sidki e James Gama. Classificação: 12 anos

Não há trailer do documentário, mas confira o teaser de Fuga Sem Destino, filme finalizado post-mortem de Brazza:

CRIMINOSA

É inegável o currículo da cidade em crimes de grande repercussão. Neste curta/média metragem, o assassinato do índio Galdino, sob a perspectiva de quem cometeu o crime: 

A noite por testemunha: curta de 24 minutos, de 2009, dirigido por Bruno Torres. Classificação: 14 anos

LÍRICA

Um dos poetas que enchem a cidade de sentido é Nicolas Behr. Baseado na obra dele:

Braxília, Danyella Proença, 2010. 17 minutos, classificação: livre

Requília, de Renata Diniz, 2013, com duração de 15 minutos.

POLÍTICA

Muito se vê sobre a cidade nos noticiários, pouco é retratado no cinema. Independentemente de sua posição política, pela ousadia da diretora ao adentrar os espaços de poder e expôr suas visões sobre o que ocorreu em 2016, vale a pena ver este aqui, que foi indicado ao Oscar de 2020 (caso ainda não o tenha feito):

Democracia em Vertigem: documentário de 121 minutos de 2019 que concorreu ao Oscar, dirigido por Petra Costa. Classificação indicativa: 12 anos.

Alvorada, documentário de Anna Muylaert e Lô Politi, de 2021, com duração de 1h30.

EPOPEICA

Tanto em ficções que utilizavam o cenário aberto da cidade que estava em plena construção quanto em documentários que expõem a saga de pessoas que buscaram a capital para uma vida melhor:

Fala, Brasília, de Nelson Pereira dos Santos, de 1966, com duração de 13 minutos.

Brasília – Contradições de uma Cidade Nova: de Joaquim Pedro de Andrade, em 1967. Curiosidade: num trecho, o filme destaca os cemitérios de Brasília, “um em cada ponta do Eixo Rodoviário”. Você já ouviu falar em algum, no final da Asa Norte? Filme completo:

– O outro lado do Paraíso: drama/ficção histórica de André Ristum, de 2014, com 1h55. Eu nem sei dizer o quanto esse filme pode ser impactante se você já teve de mudar de cidade em busca de uma vida melhor. Como é uma história comum aos habitantes de Brasília, esse longa é #gatilho emoções para candangos. Classificação indicativa: 10 anos.

PERIFÉRICA

Uma Brasília distante do Plano Piloto e das paisagens oníricas, dos palácios e monumentos. Uma Brasília exposta na crueza da periferia sob o olhar de quem nasceu em Ceilândia:

Branco Sai, Preto Fica: ficção científica/fantasia, de 2014, dirigido por Adirley Queirós. Classificação indicativa: 12 anos.

AVENTURESCA

O olhar inventivo de dois jovens diretores da cidade merecem destaque e dão forma aventuresca à cidade: em um, um carro “voa” do alto de uma tesourinha e um homem cai de muitos andares de um hotel em uma piscina; noutro, o primeiro filme-jogo do país, em paisagens rurais da cidade:

Ratão: curta de 2010, de 22 minutos, dirigido por Santiago Dellape. Classificação indicativa: 16 anos.

Filme-Jogo A Gruta: ficção de 2008 que, a depender das escolhas do espectador, pode durar de 5 a 40 minutos. Dirigido por Filipe Gontijo. Classificação indicativa: 14 anos.

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