Profissão: artista

foto: saigneurdeguerre, no Flickr
foto: saigneurdeguerre, no Flickr

Sabe aquele diálogo:

– O que você faz da vida?
– Sou artista.
– Tá, mas qual a sua profissão?

Sabe?

Pois é. Ele representa, na verdade, o cenário de 0,08% da população brasileira – cerca de 65 mil pessoas – que vivem, constantemente, o desemprego. São os artistas, talvez, os que tenham uma das profissões mais desamparadas em relação aos direitos trabalhistas. E, por isso, é tão comum encontrá-los exercendo outras profissões concomitantemente à arte.

O dado foi apresentado no último dia 21, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, pela senadora Ana Amélia (PP/RS), durante uma votação terminativa que estabeleceu regras para incluir os artistas no Seguro Desemprego, benefício que garante remuneração mínima ao trabalhador brasileiro, durante o período em que ele estiver sem emprego.

Dentre as regras, ele tem de ter trabalhado formalmente (com carteira assinada) por pelo menos um mês no último ano, ter contribuído com a Previdência durante o período de trabalho, e pode receber um salário mínimo por quatro meses – no período, não pode receber outra renda de jeito nenhum.

“As categorias que se pretende proteger, dos músicos, artistas performáticos, incluindo os bailarinos e técnicos em espetáculos de diversão [tais como os cenografistas, figurinistas, iluminadores, etc], constituem um grupo que, a despeito de uma imagem glamurizada, se encontram em situação de grande vulnerabilidade social”, lembrou Ana Amélia, durante a sessão de votação.

Só não consegui ver se a matéria já foi sancionada ou não pela presidenta Dilma…

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