Alguém lucrou com a morte de Amy

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Amy Winehouse. imagem: Vectorportal, no Flickr

Em 4 de janeiro de 2008, a Folha de S. Paulo noticiou a existência de um bolão virtual em que um dos apostadores deveria acertar a data da morte de Amy Winehouse. O dia foi ontem, 23 de julho de 2011, quando a Polícia britânica a encontrou morta em casa, sem causa mortis conhecida ainda.

Lembra a BBC Brasil que “a polícia não confirmou imediatamente a causa da morte, mas é impossível olhar sua vida sem pensar no porque as drogas e a bebida tiveram tanta importância, chegando por vezes a ofuscar seu talento. Um talento tão grande que é agora reverenciado por fãs e colegas do meio musical”.

Quanto ao bolão de mau gosto, hoje há uma mensagem na capa do site que diz “Amy Winehouse já passou. Vamos esperar que sua morte seja um exemplo para os jovens de como não lidar com seus problemas. Que descanse em paz e sua música viva. O vencedor será anunciado posteriormente”.

O crítico de música da Folha, André Barcinski, escreve hoje sobre a maldição dos 27, dos inúmeros astros do rock – embora Amy tenha sido uma cantora de soul, e R&B, impossível não enxergar nela todo o rock’n roll way of life – tais como Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin e Jimi Hendrix.

Eu? Eu lembro do vivo da Silva Edgar Scandurra e dos finados astros-nostros Cazuza e Renato Russo, em suas constatações. O primeiro, quando lapidou na música os versos “quanta gente hoje descansa em paz… meu rock star agora é lenda. Esse flerte é um flerte fatal – é sempre gente muito especial. Quanta gente já ultrapassou a linha entre o prazer e a dependência…”. Cazuza dizia que “meus heróis morreram de overdose”, e Renato, “é tão estranho: os bons morrem jovens”.

E também hoje me arrependo de não ter feito um esforcinho maior para ter estado no show de Amy em Sampa, em janeiro. Agora, resta-me desejar a ela: “kiss me here, baby, and go rest”.

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