Bandeira na República

Morillo Carvalho

“Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.”

Curtiu? Pois é, isso se chama Manuel Bandeira. Foda, né?

Acontece que amanhã (6), vai rolar um evento lá no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (na praça da República), em que a grande homenageada será a poesia de Manuel Bandeira. É a 11ª edição do Sarau Videoliteromusical – Poemação, que contará com a presença de Antônio Manoel Bandeira – nome que não é mera coincidência, e sim, o sobrinho do autor, que viveu em uma das fases de mais efervecência no cenário cultural brasileiro para a literatura e as artes, as décadas de 20 e 30.

A programação contará ainda com as performances dos poetas Dina Brandão, Israel Ângelo Pereira (coordenador do projeto Parada Cultural), Sids Oliveira, do cronista Roberto Klotz e de André Pullig, autor de Poetizar, que recitará seus poemas acompanhado pelo violão de Paulo Roberto. A parte musical terá a voz e violão do cantor Wellington Rios. A plateia participa do Sarau na sessão Poesia na Plateia e, ao final, haverá sorteio de livros para os presentes.

O Sarau é realizado todas as primeiras terças-feiras do mês. A produção e a condução do evento são tarefas dos poetas Marcos Freitas e Jorge Amâncio.

Ok, confesso que sempre tive preguiça pra saraus – desculpem-me os puritanos, mas não aguento aquela galera que escreve coisas do estilo “Matei minha avó / comi torrada”, e pensa que isso é o supra-sumo do vanguardismo (ok, pode até ser que seja, mas foi mal, não curto, beijos). Mas Manuel Bandeira… Vamos respeitar. E participar: é às 19h.

* As informações são da Secretaria de Cultura do DF

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