Para cultura, política!

Morillo Carvalho

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O Vale Cultura é um dos projetos do MinC.

Dentre as tantas bizarrices do cenário político brasileiro, está o pífio valor destinado ao setor de cultura. Não é novidade pra ninguém, mas a área, embora responda pelo segundo lugar no ranking da economia norte-americana – e, cá entre nós, temos muito mais potencial – e arrecade mais de R$1 bilhão por ano para o Brasil, só arrecada 1% do Orçamento Geral da União – o que foi uma luta, pois até ano passado, era dona de apenas 0,7% das contas do Estado. Vergonhoso?

Sim, vergonhoso. E é por isso que eu gosto do nosso atual ministro da Cultura, o Juca Ferreira. A lei Rouanet, atualmente o único instrumento que o Estado tem para financiar cultura (descontando em arrecadação fiscal valores proporcionais aos que as empresas patrocinam peças, o chamado mecenato), é boa, mas não pode ser a única forma de potencializar o turbilhão cultural que é o nosso país.

Bom, dois parágrafos depois de começar o texto, digo isso porque começou ontem, aqui em Brasília, a II Conferência Nacional de Cultura. Eu acompanhei a movimentação, durante a tarde de ontem. São quase 2 mil pessoas de todo o país, sendo 1,3 mil, os delegados dos estados – pessoas que foram eleitas pelos setores, em conferências menores, aptas a votar.

Particularmente, detesto cobrir conferências. São massacrantes, chatas, discussões loongas e, muitas vezes (penso), pouco produtivas. Já cobri uma caralhada de outras conferências. Mas a de cultura, não tenho como não apoiar, gostar e querer que seja sucesso. Porque já é o irmão menor, o setor mais fodido, carente de atenção. Vamos ver no que vai dar?

Se estiver em Brasília, a Rádio Nacional está transmitindo o programa Espaço Arte direto de lá, em um estúdio avançado. Em AM, é 980 kHz. Em FM, 96,1. Na AM, das 17h às 18h30. E na FM, segue até 19h. Eu estarei lá.

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