
Algumas Camilas da minha vida: a grande companheira que faz este blog (Camila Coelho), a amiga que fiz em Floripa (Camila Alam), a que faz sucesso na voz do Nenhum de Nós (Camila-haa-wol)… Agora, Camila Jam também faz parte dela. A personagem principal de Nome Próprio, o longa de Murilo Salles que ganhou quatro kikitos em Gramado este ano.
É uma personagem apaixonante. Na pele de Leandra Leal, Camila vive de escrever. Escrever e blogar. Blogar suas experiências viscerais traduzidas em poesia. Poesia metalinguística. Vive de paixões instantâneas, de trepar na praia com o namorado da amiga às vistas dela, após se jogar n`água do mar à noite e quase se afogar.
Camila nasceu na cabeça de Murilo, meu quase chará, depois dele ler o blog de Clarah Averbuck, que à época era o oitavo mais lido do mundo. A escritora de Máquina de Pinball se enfureceu quando as pessoas começaram a encher o seu saco pra perguntar quem eram aquelas pessoas com quem ela se relacionava. No Adios Lounge, seu atual blog, ela responde inveteradamente: “não sou eu, o filme não é meu”, etc. Até o ponto em que ela postou que “autor bom é autor morto”, porque não reclama – e ela reclama.
Murilo acabou de acabar de participar do Sem Censura, ótimo programa da TV Brasil, conduzido desde que eu era bebê por Leda Nagle. Falando sobre sua obra, lambendo a cria premiada. É excepcional, asseguro. O Teatro dos Bancários entuchou de gente na segunda (e sei que na terça devia ter postado, mas fiz 12 horas de trabalho por dia nas duas últimas semanas por conta das Olimpíadas), era tanta gente que eu me impressionei.

Que se consolide uma rede de cineclubes no DF e que esse público aqueça todas as sessões – falamos aqui sobre o Cineclube Bancários, lembra? Segunda-feira tem “Chega de Saudade”, imperdível. Melhor que tenhamos essa rede consolidada que depender só dos blockbusters – não estou falando mal, nosso blog não tem esse tipo de preconceito, mas não me parece certo que tenhamos só deles nas salas.
Enfim, Nome Próprio é lirismo na telona, com temática contemporânea. “Camila é filha da mulher que fez a revolução sexual. É uma menina que se joga em tudo”, soltou Murilo agora há pouco, no Sem Censura. Do caralho. Quer degustar esse drop? Eis uma amostra grátis, manda um clique. E não se lamente por ter perdido, nobre leitor: em Brasília, o filme voltou em cartaz no Cine Liberty. Tem sessão às 21h20, pra quem é proleta como nós.
Quase esqueço de registrar aqui a presença do cineasta do quadradinho Sérgio Moriconi. Ele e a produtora do Cineclube, a Ana Arruda (Brazucah Produções) fizeram um debate pós-exibição. Mas escrevo depois. Axé, gente. Estou em Salvador (BA), fico até sábado. Seminário do Plano Nacional de Cultura. Vamos dar uma passeada pelas questões culturais baianas. Conto aqui. Agora vai ler o blog do Nome Próprio, vai…
Ai, que chic ser lembrada no hall das camilas de sua vida!! rs
Olha, falaram mal do filme pra mim… mas depois de ler isso, fiquei com vontade de ver!
depois te conto!
bjos