MP3 é tudo o que temos

Para as bandas Amp (de Recife) e O Círculo (de Salvador), o formato digital de música é tudo. Foi o que os caras acabaram de dizer na coletiva que reuniu as duas, nos bastidores do Porão do Rock. “É fundamental para o nosso trabalho. Estamos pensando em fazer discos para MP3, para que a qualidade não se perca”, mandou Djalma (voz e guitarra) do Amp. “Quem reclama do MP3 é porque tem estrutura. O que nós temos é ele”, soltou Pedro Pondé, vocalista do O Círculo.

O Amp tocou no palco Pílulas, faz rock pesado e garante que tocou o mais alto que pôde para que o som do palco principal não atrapalhasse. Já o O Círculo tocou simultaneamente, no palco principal, o seu “rock popular brasileiro”, apontado pelo Zine oficial do festival como nascente na Bahia.

“A gente luta para fazer evento de rock lá, onde a mídia e o mercado são voltados para o axé”, disse Pondé. “Por não haver mercado, cada banda desenvolve sua personalidade. Acaba sendo mais livre e é a parte boa da dificuldade”, apontou.

O cara disse ainda que, ao contrário do que ocorreu em boa parte do país no cenário da música independente que sofreu estagnação pelos últimos cinco anos (por conta do surgimento de bandas cover e muito emocore), na Bahia isso não rolou – até pela falta de mercado. E profetizou:

“Um boom em Salvador é possível de acontecer em cinco anos. Vai haver uma revolução”. Será? Tomara. Ambas estão no MySpace: www.myspace.com/amprockrecife e www.myspace.com/ocirculo.

Deixe uma resposta