Ele começou no rádio em 1935 e 30 anos depois fazia sucesso na TV aberta brasileira. Acabou se tornando uma das figuras mais conhecidas do século, com seus jargões, seu jeito irreverente, sua buzina, o bacalhau e o abacaxi destinados de uma forma muito especial à sua platéia.
José Abelardo Barbosa Medeiros, ou Chacrinha, nasceu em Surubim (PE), mas ganhou notoriedade no rádio carioca e, depois, na TV paulista. No início da década de 1970, auge da sua carreira, comandava a Discoteca do Chacrinha e A Buzina do Chacrinha.
Dez anos depois de deixar os dois programas, reapareceu no Teatro Fênix, da TV Globo, em 1982, com o Cassino do Chacrinha. Ficou no ar até o início de julho de 1988. Quando o último programa foi ao ar, o velho guerreiro já havia falecido, depois de quase 50 anos de atividade como um dos maiores comunicadores do século XX.
Mesmo quem não chegou a assistir – ou ouvir – algum dos programas sabe quem ele é e não se esquece. Chacrinha, velho guerreiro, com sua inseparável buzina. “Quem não se comunica, se trumbica”. As chacretes, os calouros…
Para quem, como eu, sempre quis ver o mestre – sim, creio que podemos chamá-lo dessa forma – a dica de hoje é o “Por toda a minha vida” Chacrinha, na Globo, depois do programa que vem depois da novela das 8 (evito os nomes para não fazer mais propaganda do que o necessário).
A direção promete narrar sua vida e obra, trazer depoimentos de quem trabalhou com ele (o que sempre garante uma dose de emoção para quem o acompanhou mesmo de longe), além de vídeos originais, dos arquivos da emissora que abrigou seus programas.
Ainda dá tempo de se organizar e assistir. É hoje, na Globo.
*As fotos são do arquivo do Memória Globo.